Nenhum
amigo, nenhum amor
Somente
o vento balança meus cabelos
Nem
mesmo a lua chegou
Para
eriçar meus pelos
Sobraram
lembranças
Desmanchando
como as cinzas
Dos
turíbulos das mesquitas
Esvoaçando
pelos prados
Nessa
noite sem luar
É
madrugada em meu coração
Nenhum
amigo, nenhum amor
O
novo ciclo celebra o ditador
E
eu fugi, fugi para o meu interior
Saí
das ilhas e de suas magias
Larguei
as ondas para quem tivesse mais tempo
De
se iludir em seus tormentos
De
reis nus, bruxas cegas e cavalos mancos
Nenhum
amigo, nenhum amor
A
madrugada me traz seu frescor
Em
meu coração reflete o céu de trilhões de estrelas
Cobertor
para meus sonhos de criança
Deito-me
finalmente sob as bênçãos
Do Deus dos pagãos
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