sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Pá pará di sofrê!

Vamos parar de sofrer ouvindo Belle & Sebastian. Disseram-me que isso era praticamente um pedido de suicídio, então quando eu tinha companhia nessas horas ou desligavam ou mudavam a música.
Agora eu só queria algo além de chá e batatas. Eu deveria aproveitar melhor meus momentos de felicidade. Que bobagem eu estou dizendo, meu último momento de felicidade suprema eu aproveitei-o ao máximo. Só lamentei um pouco o fato de saber que acabaria em pouco tempo.
Chega, quando eu vou parar com isso. Eu tenho que parar com isso, ta arranhando tudo por dentro, o pior é saber (na realidade eu não tenho muita certeza) que por dentro de mim sou só eu.
Dlein-dleins de violão me deixam injuriada, por inconformismo, por eu ter conseguido ser incapaz de tocar inclusive esse instrumento vulgar que todas as pessoas que têm algum apreço pela música aprendem a tocar. É, eu não sou protegida pela tal santa dos músicos, mas em compensação sou protegida por Sta. Apolônia, a Sta. Dos dentistas, é, isso agora conseguiu tirar um teco de riso do cantinho dos meus lábios.
Tá faltando pra mim ser gente e desconcentrar-me ao máximo do meu umbigo. Afinal, do que adianta desapegar-se das coisas e das pessoas quando se está cada vez apegado a si mesmo.

5 comentários:

Unknown disse...

"quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo"

(g.rosa)

Unknown disse...

"

...


Vestiu o maiô e o roupão, e em jejum mesmo caminhou até a praia. Estava tão fresco e bom na rua! Onde não passava ninguém ainda, senão ao longe a carroça do leiteiro. Continuou a andar e a olhar, olhar, olhar, vendo. Era um corpo a corpo consigo mesma dessa vez. Escura, machucada, cega - como achar nesse corpo-a-corpo um diamante diminuto mas que fosse feérico, tão feérico como imaginava que deveriam ser os prazeres. Mesmo que não os achasse agora, ela sabia, sua exigência se havia tornado infatigável. Ia perder ou ganhar? mas continuaria seu corpo-a-corpo com a vida. Alguma coisa se desencadeara nela, enfim.

E aí estava ele, o mar.
Aí estava o mar, a mais ininteligível das existências não-humanas. E ali estava a mulher, de pé, o mais ininteligível dos seres vivos. Como o ser humano fizera um dia uma pergunta sobre si mesmo, tornara-se o mais ininteligível dos seres onde circulava sangue.

Ela e o mar.

Só poderia haver um encontro de seus mistérios se um se entregasse ao outro: a entrega de dois mundos incognoscíveis feita com a confiança com que se entregariam duas compreensões...."


Patrícia

Kin disse...

Patrícia...(muitas exclamações e um olho arregaladíssimo)
Eu preciso desse texto do Omar inteiro!!!! Porrr favorrrr, mande-o por e-mail. Plizzzz :D

Rebeca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rebeca disse...

Cá,se isso te consola, tb não aprendi tocar violão :( e isso me frustra profundamente, por pensar que talvez seja um simples (não tão simples) problema de coordenação motora kkkk.
Cáaaa, e se isso te consola tb, a felicidade dificilmente é plena, ela se faz de momentos felizes. Com as infelicidades da vida, não há outra coisa a fazer se não aprender. E assim nada é perdido ;) Beijoossss

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