Nada fazia sentido
Tudo era um
Um nada
Dois nadas
Infinitos nadas
O peito apertava a dor
De tudo
Porque ali tinha excesso de tudo
Principalmente de quereres
Foi melhor
Certamente
Muito além
Mas, essencialmente
Não tinha
O que sobrou?
Dor do excesso do não
O que era exatamente o que não sabia dar
Porque era o que mais tinha
Um poço de nãos que acumulava
Se afogava nos nãos
Libertava nos sims
Salvava? Não!
Salvava-se? Não também!
Dava-se nãos
Esbanjava seus sims
Acumulava os nãos
Na garganta, no seu peito
No dolorido não estar estando
Perdia os sims
Sims condicionados
Todos os sims que recebia eram condicionados
Ora! Pensas que sou tola?
Sim condicionado é não multiplicado
E daí, quando tudo se partia,
Quando partia,
Quando conseguia estar só e vazia
De veras
É que sentia que talvez
Pudesse... Também...
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