E assim que eu reparei seus olhos em mim, aceitei e
gentilmente cedi, simplesmente porque eu não sei dizer não! Principalmente para
as pessoas, que independente do como, eu amo! Só que quando eu reparei seus
olhos, muito tempo já tinha se passado... e nesse ínterim, de alguma maneira,
sem o menor propósito da maldade, meu ser magoou o seu, pelo simples fato de
desconcentrar e descentralizar a sua maneira de ser e ver.
E então, ainda mais atrasada do que eu, sua serva, arredia e
intempestiva, a Raiva me atacou, numa noite quente e sem lua. E tudo que podia sobrar de doce e
sutil, foi violentamente devorado pela sua loba voraz de vingança ilusionada.
Não foi o meu amar que destruiu tudo e sim o seu ferido embrutecer.
Um comentário:
"Há sempre um copo de mar para o homem navegar."
Essa frase-tema da última Bienal (2010) diz muito sobre universalidades atemporais.
O que mais me fascina é universalidades atemporais se estendem tanto a ponto de se tornarem também particularidades temporais. Talvez essa seja a graça da vida.
(Saudades de vc, Kin.)
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