Não sei dizer se foi a lua (era minguante naquela madrugada) ou se foi epifania da tal leveza. Era, dia de inexplicável agonia melancólica, diferindo de hoje, apenas nos seus motivos e na lua.
Agora eu queria ter te abraçado, sugado as suas energias, te vampirizado. Seria melhor assim, tirar de ti a seiva que por hábito arranco das árvores. Mas não... eu tenho aquela tal certeza sobre a qual você fala, de que sempre fui presa e nunca vou me soltar.
Porém, além disso, tem a dúvida e o medo, de que ao penetrar o seu mundo, serene o seu vôo pleno, que é o que mais me encanta, Pássaro.
E quanto a mim? Me permitiria superar o que ata os meus pulsos?
Não sei... mas para algo além do obscuro me encantaria de repente mergulhar de vez na sua luz.
"Pra te curar basta o luar, nossa inspiração
Se a luz brilhar e o sol tardar, ecoa essa canção, ecoa" G. Marques e V. Mazanelli
Um comentário:
"Pescador que vai pro mar
Com anzol de alegria
Volta com um peixe dourado
No tombo da maresia..."
Renato Teixeira
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