segunda-feira, 29 de junho de 2009

Menino

Quanto mais precisaremos ler, meu bem, para que você aprenda todas estas letras?
Muito, mas não tanto quanto julgam aqueles que dizem que nada sabem e que nunca ninguém saberá. Muitos dos saberes são totalmente desnecessários.
Venha cá menino, deixe que eu ajeito seus cachos. Isso, agora sim!
Estas lindo meu bem, parece um anjinho, daqueles que pintam em tetos de igreja e caixas de panetone.
Saiba menino, saiba bastante, saiba o suficiente para ter certeza que de fato tens opinião própria, que não és influenciado nem mesmo por mim, nem pelo seu melhor amigo e nem mesmo pelo seu grande, seu maior Amor.
Fale pouco, não deixe seu Ego sobrepujar constatações divergentes, o que pensas é riquíssimo e o que acham ou como avaliam o que achas de nada vale, cultive o silêncio sempre.
Priorize você, nunca se apaixone, não ceda às paixões.
Veja: hoje a sua mão acaba antes mesmo de onde começa a minha linha do coração, daqui pouco seus dedos serão maiores do que os meus e sempre, sempre mesmo, sua pele será mais macia do que a minha.
Menino lindo, músico de mil baladas, centenas de destoantes e milhares de consoantes permeiam seus ouvidos, sua boca, seus dedos e seus silêncios de natureza musical.
Crie daquilo que sentes mas principalmente, saiba perceber aquilo que está além do que percebem seus olhos, suas orelhas, seu nariz, sua boca e sua pele.
Mas agora... agora chega de conversa. Precisas dormir.
Venha... deite no meu colo. Eu te abraço até que pegues no sono.

“É tão tarde, a noite já vem. / Só eu velo, por você bem”

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