quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sobre Quem Foi Por Ali

Já disse que detesto escrever textos públicos (tipo este) em primeira pessoa? Imagino que sim, mas quando é para emitir uma opinião pessoal sobre algo, é inevitável.
Hoje, lá por volta das três horas da tarde quando estava dando uma rápida olhadela nos meus e-mails deparei-me com um dos simpáticos e sempre surpreendentes e-mails de mamãe (geralmente eles vem com um assunto intrigante, impossível não querer abri-los, e apenas um link ou um arquivo anexo) este veio assim: Assunto: Kin, eu não tomo jeito mesmo. Olha como eu sou fuçona... ; e o link: http://dizquefuiporai.blogspot.com/2007/03/fazenda-figueira.html . A página deu direto onde o rapaz escritor-viajante que falava sobre um lugar pelo qual minha mãe (e também um pouco eu) nutre um imenso carinho e uma certa sensação de realização mística. Um lugar para o qual já fui algumas vezes e minha mãe umas outras tantas mais. O texto do tal moço era de uma leveza incomparável, tinha sinestesia (minha figura de linguagem favorita), cheio de cores, sons, sabores, aromas e texturas, letras de se mergulhar de cabeça e nadar a braçadas esparsas. Não descreveu muito bem as sensações que eu tive quando fui a primeira vez para lá (eu sabia o terreno em que pisava, o moço chegou em porto totalmente desconhecido) mas pude, através das palavras dele, saber exatamente quais foram as experiências pelas quais ele passou. Preciso, mago de idéias em caracteres digitais, há muito que algo em literatura de web não me surpreendia tanto e não me tocava de fato, passada a postagem do dia oito de março (a do link) não me saciei e fui para o resto, vi o menor Teatro do Mundo com a crucificação de Cristo em quatro atos, subi o Pico da Bandeira (que não tem bandeira nenhuma), bebi mais uma vez as Águas de São Lourenço e fiquei com mais vontade ainda de ir logo conhecer o Parque Nacional de Ibitipoca.
O rapaz viajante-escritor chama-se Antonio Lino. Diz o blog dele que saiu por aí viajando Brasil a dentro durante um ano e três meses numa Kombi. Eu virei fã, um tanto quanto invejosa, é claro (afinal, quem me dera descolar uns 15 meses para conhecer esse Brasilzão de cabo a rabo), mas maravilhada com a delicia que é ler esse blog e poder ‘viajar’ pelo país nas horas vagas.

Um comentário:

Antonio Lino disse...

oi kin,
obrigado pelas palavras carinhosas sobre as minhas letras. belas linhas nesse seu canto também! virei bisbilhotar de vez em quando!
beijo,
lino

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