Sobre os dentes e os dentes-de-leão

Por vezes se passam... Não! Passamos! Por vezes passamos humanos!
Quero dizer que, por vezes (poucas) somos aquilo que gostaríamos do mundo, que queríamos da "humanidade" e realçamos todo o sentido do belo (ou que cremos) em Ser Humano. Nestas horas em que jogamos o nosso Ego, o orgulho e toda aquela vaidadezinha mesquinha no lixo somos assim, belos e diáfanos. O problema, o problemão, é que nem sempre somos assim, ou, nem todos são assim. O Amor, a compaixão, a compreensão e principalmente o etcetera são assim, como as figuras mitológicas aos olhos mundanos, e nos cegamos para as belezas se manifestando diante de nós. Triste quando vemos, caluniamos e transformamos com nossos óculos da amargura o puro em poluição, o gentil em maquiavélico, o eloqüente em pretensioso e ingrato.

Entre esses átimos de apreciação da beleza mundana, conheci Florence, ao acaso, lendo numa enciclopédia antiga sobre a dita cuja. Para a minha sorte, não estava cega, apenas vislumbrei toda a ternura e confiança despretensiosa que aquela mulher depositou nos Homens. Isso um dia me levaria aos dentes, chegaria a querer prover o mínimo de retorno a normalidade sistêmica de um indivíduo e assim aliviar minhas dores imersas nos grilhões humanitá.Isso era o Amor, confundido pelo encantamento que desperta as coisas desprendidas de desejos.

A paixão veio pelas manifestações de cores e sutilezas em tudo aquilo que sorri, Ama e faz aquela cócega no coração. Esse foi o meu encontro com os dentes-de-leão, coisa essa que não consigo precisar espacial e temporalmente, como acontece com tudo aquilo do que nos enamoramos.
Hoje minha vida é de dentes e dentes-de-leão e muitos outros encantares. Tento aliviar e sensibilizar com aquilo que já me tocou, se os homens por vezes não entendem, uma pena, não deixarei de ser assim, já que tudo que faço é para algo presente na humanidade além dela mesma.