Dos perdidos no bom e velho pálido ponto azul

Sem perder aquele átimo de atenção que prende o dedicado à sua função, julgaremos qualquer coisa, infeliz, ou não, à luz dos nossos conceitos, sejam lá quais forem.

O real sentido das coisas não existe, pelo menos não aos olhos humanos, que por pouco não são todos quase cegos ou completamente cegos, olhos fracos! Física ou metafisicamente tudo é confundido e enganado, não pelos sentidos (como já diriam pessoas tomadas pela percepção, clichê, de primeiros que já falaram dessas coisas que repetimos todos os dias, ou em todas as discussões “filosóficas”, “existencialistas”, “paranóicas”, “parabólicas”, “egocêntricas”, sobrepujantes desimportantes), aliás, também pelos sentidos, mas minimamente por eles e principalmente pelos conceitos, pois somos, mormente, conceitos.

Talvez, e leia bem, talvez... Sejamos como disse certa vez algum louco poeta, ou poeta louco, que sem importar-se com qualquer destino, a minha estrela vai seguindo além. As nossas estrelas seguem além, tal qual a de Mário, mesmo não nos importando muito com tudo isso, ou realmente nos importando, tudo corre para além do Sol, afinal, independente de desejos ou movimentações nossas, as coisas ocorrem, não só porque nós (pretensiosa e arrogantemente cremos) atuamos nessas massas (?) em movimento, mas porque em todo aquele infinito de incompreendido (se é que existe algo que de fato compreendamos) está (ou é ou faz ou tem ou corre ou dorme ou ama ou morre ou lança ou vai ou qualquer outro verbo já foi inventado... ou não) o existir dominante entre outras respostas.

Dizer que somos prepotentes por acreditar em nossas próprias idéias é de praxe, dizer que somos tolos por acreditar nos outros é ululante e que não acreditar além de não construtivo é também destrutivo, é fato. Solução? Alguma vez algo teve? Penso que pode ser que não. Porém se podemos fazer algo minimamente construtivo o melhor é seguir o conselho de um certo Chico: Façamos, vamos Amar!