quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Era o Amor...

E daí foi uma propaganda de sorvetes de uma multinacional onde a música era assim: “Welcome to the age of love... the age of love... the age of love...”
Depois veio um perfume chamado “Carpe Diem” e um monte de gente começou a tatuar Carpe Diem na perna, nas costas, nos braços, nos pescoços, na bunda...
E daí retomaram uns artistas vanguardistas e começaram a falar de uma tal de “liberdade dos corpos” de se entregar as “sensações” ao “momento”...
E então vieram as raves, os psicoativos... era preciso estimular as sensações, o prazer aflorado nos cinco sentidos, ao máximo...
Por fim era preciso se justificar, porque alguns (poucos, pouquíssimo eu diria) que representavam um passado, quiçá “opressor” estavam incomodando a Psique de pessoas com um super-ego tão bem estruturado... e daí começaram a jogar as pedras: primeiro na religião, depois no Estado... Bobinhos, mal sabem eles que o que a fábrica de sorvetes (e pasta de dente, e roupas, e armas químicas... ) queria era exatamente isso! Um monte de gente alienada pelas sensações, curtindo a individualização ao máximo. Afinal, que maravilha seria um mundo sem religião e sem Estado, onde todos só estariam dispostos a lutar por mais uma lambida no sorvete!


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