sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Além das Montanhas




   Quando penso naquele moço lindo, cheio das delicadezas e que tenta, veementemente, ser também discreto (o que é tenazmente impedido por um ar inevitavelmente altivo), sentado na biblioteca pública de algum lugar além das montanhas; um redemoinho de lembranças esparsas em tempos e espaços surgem ao meu redor.
     É como se fosse aquela parte boa do sonho, só a parte boa, sem os maus presságios, os vendavais e a agonia da espera, nada disso... A espera não se faz, já que, por si só, não existe; os presságios, que também não existem, não podem ser bons, nem maus; os vendavais?! Ah, os vendavais... arrancam à força os desassossegos da alma, além de massagear os cabelos, com o velho cafuné dos Zéfiros.
    Com sentimentalidades assim despertadas, quem se importa com o 'mais e melhor'? Qualquer reticências por tal ser enviada já vale as lembranças despertadas. Como esquecer da passada tranquila, do olhar profundo, das atenções e gentilezas desmedidas, no profundo cuidado ao lidar com o outro. 
    Não se preocupe com as letras, qualquer palavra sua já serão o suficiente para fazer com que eu me sinta correspondendo com Mr. Darcy, ainda que eu não seja Elizabeth. 






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