terça-feira, 15 de março de 2011

Sta. Terezinha

A vila fervilha já às sete da manhã. Provavelmente esse movimento comece bem antes, mas sete é o mínimo horário que consigo aportar por aqui.
Na suavidade das brumas matutinas, as mães caminham serenamente rumo ao centro das relações daquele povoado com seus filhos nos braços, alguns senhores pitam um fumo na calçada e tudo vai passando, dirigindo-se para a cura, ou esperança de alguma, por poucas vezes do corpo, em sua maioria, do desassossego, da solidão, do tédio. A intensa necessidade de relacionar-se, leva todos ao mesmo lugar: o posto de saúde!
E é justamente neste lugar de intensa sociabilidade onde eu trabalho. Num vilarejo, um tanto quanto distante de qualquer idéia de urbano, é nesse vilarejo, onde passo minhas manhãs, sentindo o cheiro da lenha queimando no fogão, vendo a campina mudando de cor ao longo do ano, sentindo a fortaleza dos sorrisos afáveis e dos abraços sinceros.
Ah quem me dera sentir todo o dia o aroma dos laranjais, mas a sua florada é efêmera e assim que o primeiro vento levar suas pétalas, estarei eu indo de volta aos braços da minha vida de urbanóide.

À Paz.

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