domingo, 2 de janeiro de 2011

Postagem de Número 100: Ao Sábio Belchior

"Tenho sangrado demais, eu tenho chorado pra cachorro. Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro!"  Sujeito de Sorte - Belchior

Isso não foi hoje, mas há um bom tempo já eu descobri: o tempo tolhe as amizades e os carinhos e a única coisa que sobra são os amores maiores. Não! Esqueça os reencontros, seus amigos se dispersam sim e não querem nem mais saber de afagos, aconchegos, etc. Nada será como antes, aquele tal Amor fraterno, desculpem-me os crédulos, cabe apenas então somente (e isso só se você for um sujeito de sorte) a  sua família, e quando falo em família (e lembre-se é apenas então somente se você for um sujeito de sorte) me refiro apenas então aquele pequeno núcleo onde você cresceu, esqueçamos aqui outros parentes, incluindo os mais próximos.
Me chamem de depressiva, mal amada, schopenhauriana, etc, mas me digam, vocês com mais de 15 anos: Quantos de seus idos não morridos lembram-se com frequencia de ti, te procuram etc e tal? E me digam, caso vocês sumissem por dois anos pra China, quem viria ao teu reencontro na hora do retorno? E se fosse o contrário, caso alguém sumisse pro Japão por dois anos (ou menos, ou mais) eles te procurariam no retorno?
É coleguinhas, qualquer coisa que se preserve à distância e ao tempo é o termometro da validade, o resto é questionável.
E após constatar tudo isso, digo que presentemente eu posso me considerar uma sujeitinha de sorte, pois apesar de poucas certezas eu ainda tenho em minha pequenina família o abraço firme e forte da plena confiança.

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