quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Apoética

Eu olho para a sua face
Torta de passado
E tenho medo

Eu vejo os olhos rasgados do meu bem amado
E vejo o futuro
Beira de abismo

Eu pulo para o mergulho
Naquele lago escuro
Rodas de perigo

De teus olhares
Orientais e próximos
Sombras de longínqüo

Do teu sorriso amarelo
E perfeito
O canto da contradição

Das tuas cordas
Emaranhados de cabelos
Sonhos perdidos em desesperos deslavados

Flui, toda a sua pessoa flui
Para a ponta de seus dedos
Escorrem pelos braços
Num rio avassalador de sons e apegos
Eternos e sinceros abraços

Nunca esquecerei de você sob as estrelas
Da paz eterna de ser só o seu ser
Do vazio que me destes no após

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