De um ligeiro azul
Passaredo verde
Passeia pelos seus olhos
E desanuvia
As lágrimas dantes chovidas
Em lagos tornados rios naquele vale infindo
Infinito de azul
Além das nuvens, além das estrelas...
Além das estrelas e da lua além das nuvens
Paz e plenitude no rosto sem vincos
Tanta calma, para amainar qualquer coisa esquecida naqueles instantes
Talvez, por um momento deixar que os ouvidos captem aqueles sons
D'alguma música ou d'algum vento que intencione entrar pela sua varanda
Para tanta delicadeza estás como o dente-de-leão para as flores
Não és flor, és semente
Para aquilo que dizem ser de mais sereno
Brotar além dos dias
Das agruras
e quiçá
Retornemos assim, para os nossos lares
Com um broto de felicidade desabrochando em nossos corações
"Para Cau"
2 comentários:
Amei, amei!
Lindo, poético e leve.
Como leve pluma, muito leve, pousa.
Leve como eu nasci. E nessa leveza eu me perdi, econtrando um peso.
Mas a leveza ganha e fica em cima do peso, sempre.
Incorporando o espírito da Patrícia:
"Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espeáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação."
Carlos Drummond de Andrade
;)
DE onde virá o sopro que nos semeará o peito ou nos fará levantar vôo ?
lindo texto senhorita!
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